Investimento Direto Estrangeiro (IDE) – Uma Alavanca para a Economia

Investimento Direto Estrangeiro (IDE) – Uma Alavanca para a Economia

O Investimento Direto Estrangeiro é um fator-chave para o crescimento das economias e o caso português não se afigura como exceção. Não só pelo seu contributo para crescimento económico, emprego e exportações, mas também pela promoção de Portugal como uma marca global, reputada e atrativa, o Investimento Direto Estrangeiro dever ser promovido e valorizado, especialmente nos casos em que cria riqueza e tem um efeito multiplicador, impulsionando setores ou empresas relacionadas.

Os investimentos diretos no capital das empresas (constituição de sociedades, aumentos de capital ou aquisição de participações sociais) assumem-se como veículos privilegiados para a concretização do Investimento Direto Estrangeiro, tendo permitido a Portugal se integrar cada vez mais em cadeias de valor globais, nos mais variados setores de atividade.

Se por um lado, cada vez mais empresas multinacionais têm-se instalado no nosso País (Google, Vestas, Natixis), por outro as fusões & aquisições também tem estado em alta, impulsionadas por um grande número de transações cross border.

De acordo como o Attractiveness Survey 2018 da EY, as principais motivações que colocam Portugal no radar do Investimento Direto Estrangeiro são:

  • Clima de estabilidade social;
  • Potencial para um aumento de produtividade;
  • Custos do trabalho competitivos.

Ainda segundo o mesmo estudo, os países que mais tem investido em Portugal são: EUA, França, Reino Unido e Espanha e os setores que mais Investimento Direto Estrangeiro tem captado são a indústria transformadora e a Investigação & Desenvolvimento (I&D). A região de Lisboa é vista como a mais atrativa de Portugal, todavia, o Porto e a Região Norte começam a destacar-se do que concerne a novos investimentos e criação de postos de trabalho.

2017 foi um ano em que o Investimento Direto Estrangeiro bateu o recorde dos últimos 20 anos, tendo este investimento dado origem a aproximadamente oito mil postos de trabalho. Segundo os dados do INE, em 2017, Investimento Direto Estrangeiro, cresceu 8% face ao ano anterior.

Esta dinâmica representa uma grande oportunidade para as empresas portuguesas se tornarem ainda mais globais, esbatendo as suas fronteiras e alavancando a sua atividade com a ajuda parceiros de negócio do exterior.  Não obstante, é preciso ter em conta que o Investimento Direto Estrangeiro, per si, não é o garante de prosperidade, o que se torna ainda mais evidente se olharmos para a setores de menor valor acrescentado, que se instalam em Portugal apenas devido a vantagens comparativas ao nível do custo do trabalho.

Rafael Freitas | HMBO

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