Arrow Global vai entrar no negócio da reestruturação de empresas em Portugal

Reestruturação de empresas

Arrow Global vai entrar no negócio da reestruturação de empresas em Portugal

A Arrow, que teve a antiga ministra das Finanças Maria Luís Albuquerque como administradora não executiva até há dois meses, está a preparar o lançamento, em janeiro, de uma sociedade especializada em reestruturações empresariais, informou a gestora de ativos em comunicado

 

A Arrow Global, gestora de ativos especializada em crédito e imobiliário, vai lançar em janeiro em Portugal uma empresa especificamente dedicada a reestruturação de empresas, adquirindo a dívida de empresas em incumprimento e promovendo a reorganização dessas sociedades e a sua recuperação financeira.

Em comunicado, a Arrow (que desde 2016 teve a antiga ministra das Finanças Maria Luís Albuquerque como administradora não executiva, cargo que abandonou há cerca de dois meses, deixando a empresa) informa que a nova área será presidida por Paulo Barradas, gestor que integra hoje a administração da Norfin, gestora de ativos imobiliários que em 2018 foi adquirida pela Arrow.

A missão, a partir do início do ano, será olhar para empresas em dificuldades, com dívidas em incumprimento, que tenham alguma viabilidade económica, e adquirir essas mesmas dívidas para depois apoiar as empresas na sua reestruturação“, explica a Arrow Global.

João Bugalho, o presidente da Arrow Global em Portugal, refere, no mesmo comunicado, que este “é mais um passo no processo, encetado com a aquisição da Norfin em 2018, na altura para endereçar o mercado de gestão de ativos imobiliários, de alargar a intervenção do grupo Arrow Global a um segmento de atividade que tem um peso crescente e muito relevante no balanço dos bancos”.

Atualmente existem oportunidades significativas e crescentes no mercado português e é por isso que a experiência da Arrow nos deixa bem posicionados para oferecer bons retornos aos investidores, ajudando também na reestruturação destas empresas. Por outro lado, apoiamos ainda os bancos, que têm essas dívidas nos seus balanços e cuja missão não passa por reestruturar empresas”, comenta, por seu turno, Paulo Barradas.

A Arrow recorrerá aos seus fundos e também aos de outros investidores institucionais para avançar com a compra das dívidas em incumprimento.

Entre os negócios que a Arrow protagonizou nos últimos anos em Portugal esteve a compra de um projeto imobiliário em Vilamoura, bem como a aquisição de dois fundos imobiliários à Caixa Geral de Depósitos, e a compra de uma carteira de crédito malparado ao Montepio com um valor superior a 300 milhões de euros.

 

Imagem: O Jornal Económico |  Texto: Expresso

25/11/2021

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