Antecipar as Barreiras à Inovação Corporativa

Inovação Corporativa

Antecipar as Barreiras à Inovação Corporativa

Criar um ambiente propício à inovação é um aspeto crítico para a competitividade do tecido empresarial português. Para quebrar paradigmas e aliar cada vez mais as empresas a processos inovadores, importa antecipar as barreiras à inovação corporativa.

Estes são alguns dos mais importantes insights que podemos obter da experiência dos mais bem-sucedidos líderes em inovação:

  • As empresas são demasiado obcecadas com concorrentes e ignoram segmentos com potencial

Muito tempo desperdiçado a analisar e catalogar os produtos da concorrência retira tempo à discussão sobre como é que resolvem problemas semelhantes noutras indústrias? Quanto mais diversas analogias utilizamos, melhor resolvemos problemas complexos e desestruturados.

  • As empresas são terríveis a partilhar as suas ideias

Os executivos corporativos são muito protetores das suas ideias e odeiam partilhá-las com as restantes áreas. É o oposto de um empreendedor, que trabalha ao divulgar todas as ideias ao maior número de pessoas possível, obtendo feedback e ângulos que não foram contemplados ou becos sem saída já explorados por outros.

  • A inovação não deve estar em conflito com o retorno

Na prática, não é mais do que uma desculpa para algumas empresas não investirem. A inovação corporativa deve estar profundamente ligada ao negócio e deve ter um impacto positivo nos resultados, em maior ou menor medida, dependendo do horizonte em que está a trabalhar, mas é uma obrigação.

  • Os inovadores corporativos muitas vezes apaixonam-se pela solução e não pelo problema

Há muitas vezes um apego às ideias iniciais que é muito difícil de quebrar. As melhores soluções vêm organicamente de dar a volta e contornar o problema. Além disso, as empresas têm outro problema — adoram extremos. Ou ficam aquém, ou vão longe demais. Trabalha-se em propostas muito próximas do dia-a-dia que terão pouco impacto no longo prazo da empresa ou focam-se no horizonte (ainda não inventado…) com propostas de valor tão aéreas que é difícil executá-las.

  • A inovação não é aleatória nem caótica

A inovação tem má reputação dentro de algumas organizações. É visto como o resultado de um processo caótico e aleatório que requer muito esforço para os resultados que produz. Na realidade o verdadeiro processo de inovação pouco tem que ver com o caos e assemelha-se mais ao método científico de experimentação.

  • As equipas de inovação estão demasiado desligadas do negócio

As equipas de inovação posicionam-se frequentemente – metaforicamente e fisicamente – longe do resto do negócio. Esta desconexão, aliada à síndrome do lone-ranger, significa muitas vezes que ninguém patrocina os resultados da equipa e que não lhes é dada muita credibilidade.

João Freitas, Diretor HMBO

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